
Quanto mais submergimos nos oceanos mais escuros eles se tornam. Assim como também se modificam bastante sua flora e sua fauna. Aliás os animais tornam-se muitas vezes bizarros.
É mais ou menos assim também quando procuramos nos adentrar em nós mesmos. E em geral dificilmente fazemos isto. Somente quando somos obrigados. Mas nos tornamos bizarros também.
E foi, e é, o que está se passando agora durante esta noventa. Quase todos confinados e se auto analisando direta ou indiretamente. E tem sido um sofrimento só. É muito complicado convivermos com nossas próprias mazelas.
A esperança é de que possamos possamos voltarmos destes mergulhos em águas profundas, refeitos, bem resolvidos, coloridos e mais dispostos a sermos mais felizes em nossas águas rasas.
Esta arte se trata disso. A volta do peixe das águas profundas.