
Este tema, que já abordei em uma outra publicação, é algo que me deixa fragilizada.
É uma fragilidade diferente, ou melhor, mais forte que outras que tenho. Fico com o coração mais mole, saudoso e de pernas bambas. Muito mais que com outras fragilidades.
Ela é de momentos, picos mais fortes e mais fracos. Aliás é uma coisa intermitente que nunca para. E não vai embora para sempre.
E tudo isto acontece porque muitas coisas aconteceram na fazenda. A história é longa. Vem desde a época dos meus bisavós. Do final do século XIX para XX. Mas das coisas dos meus bisavós sei pouco. E não vivenciei.
O que vivenciei na fazenda foram os momentos mais felizes da minha infância. Sempre rodeada de muitos familiares e em especial meus irmãos e primos.
Lembro tanto de como subíamos nas mangueiras até seus galhos mais altos. E sem medo. Era muito espontâneo, algo …assim… sem pensar.
Lembro de como trançávamos os cabelinhos das espigas de milho do milharal. E isto despertava a ira do nosso avô. Claro!
Também lembro de irmos de manhã bem cedo tomar leite no curral. E era quente e direto nas canecas.
Enfim….são muitas e muitas as lembranças. Boas principalmente. E poderia estar aqui contando histórias por horas e horas.
É claro que havia alguns sustos e contratempos também. Mas nada se comparados aos bons momentos. E talvez por isto eu me sinta tão saudosa.
E por causa destas saudades eu outra vez fiz um registro em forma de arte do que foi o monumento da minha família e da minha infância: A antiga fazenda João Aniceto.